Ha também um novo terceiro raciocínio que valoriza o inusita, o extraordinário, a arte e sua falta de lógica.
1o.) o valor da experiência/vivência
A democratização do luxo fez com que a moda perdesse esse status de exclusividade. Uma bolsa Chanel com alcinha de corrente que só podia ser comprada por um público restrito, hoje possui as suas genéricas das mais diversas marcas, para os mais diversos bolsos.
Outro exemplo da democratização do luxo, são as lojas alugam bolsas de marcas famosas. Sites americanos como ‘From Bags to Richies’ e ‘Bag Borrow or Steal’ ou os franceses ‘Sac de Luxe’ e o brasileiro ‘Feel Chic' >> http://www.feelchic.com.br/loja/intro.htm oferecem esse serviço, que faz sucesso nos seus respectivos países.
A frase abaixo tirada do site USEFASHION sobre macrotendências do Inverno 2010 e explica esse conceito:
" Nesta era de hiper-estímulos sensoriais, na qual o tédio é o sentimento mais comum, os consumidores não buscam apenas produtos e serviços, mas experiências memoráveis, que os envolvam de forma completa e particular. "
Isso não significa que o fast fashion deixará de exisitir nem que as pessoas deixarão de usar a moda como uma ferramenta representativa dos signos e sua cultura:
"... um grande número de consumidores jovens teve a oportunidade de participar de forma ativa do mercado de moda. Este é um privilégio do qual eles não abrirão mão, pois envolve um conhecimento adquirido, pleno de significados simbólicos, e que interfere diretamente na formação de identidades dos jovens e na comunicação no interior de grupos. Estes consumidores precisam encontrar satisfação em uma nova modalidade de fast-fashion que lhes dê a mesma sensação de mobilidade social, cultural e estilística conquistada recentemente. "
2o.) A desaceleraçao do consumo : slow fashion x fast fashion, eco friendly, geraçao G
Texto também tirado do USEFASHION:
"O componente ético e solidário despertado neste contexto define a chamada Geração G, voltada para a generosidade e causas idealistas. Essa geração tem a percepção de causa e consequência e sua influência nos comportamentos de consumo. Surge a ideia de uma possível desaceleração em todos os pontos da cadeia produtiva que, embora acionada pela crise, revela o surgimento de uma outra filosofia de vida que gradativamente contamina o mercado de luxo exigindo maior consciência dos atos coletivos e individuais relacionados à produção e consumo."
3o.) Inusitado, extraordinário, valorização da arte , sua falta de lógica e impacto inconciente nas pessoas.

desfile Gareth Pugh Verão 08-09
•A surpreendente vitória de um presidente mestiço nos Estados Unidos, onde a memória de distúrbios raciais ainda é muito recente, é apenas a ponta do iceberg deste fenômeno. Na base dele está o descrédito com os mecanismos sociopolíticos tradicionais e a valorização do pensamento criativo e inovador.
•No plano individual ele define uma maior abertura estética, um gosto menos conservador e uma inclinação à irracionalidade dos movimentos culturais que lidam com o inconsciente, como o surrealismo, e com a quebra dos sentidos lógicos, como o dadaísmo. (diversos estilistas usaram dadaismo como referencia e inspiraçao inclusive Alexandre Hercovitch em seu último desfile no SPFW - Inverno 09)
•Quando deslocado para a moda, as grandes expectativas depositadas em um estilista experimental como Gareth Pugh, ajudam a entender o conceito. Ele também se traduz em associações entre a arte contemporânea e a moda, e em experimentações e alterações na percepção de marca, introduzidas deliberadamente por elas mesmas.
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